O debate que ocorreu no último dia 3 de julho no
auditório da Reitoria, foi muito importante para a categoria dos trabalhadores
da UFSC. As intervenções dos companheiros da oposição foram incisivas para
demonstrar a urgente necessidade de mudança nos rumos do Sintufsc. A chapa 2
pôde esclarecer sobre pontos que, até então, encontravam-se nebulosos por parte
da atual diretoria do Sintufsc, como a compra do terreno do Pântano do Sul, por
exemplo.
Esse ponto foi bem esclarecido por Elaine Tavares,
candidata à coordenadora geral do Sintusfc pela chapa 2 que já atuou como
dirigente do Sintufsc em diretorias passadas. Sua fala foi contundente e
esclarecedora, pois fez um resgate histórico sobre a compra do referido
terreno, tirando dúvidas sobre a legalidade da compra e sua atual situação. Um
patrimônio que valoriza a cada dia, está sendo negligenciado pela atual
diretoria do sindicato.
Outro momento importante foi a defesa,
intransigente, da chapa 2 sobre o combate ao assédio moral na UFSC. A chapa 2
enfatizou que atuará de forma independente à Reitoria, questionando,
denunciando e combatendo qualquer ato arbitrário que possa ferir a ética e os
princípios democráticos e de respeito à dignidade humana. Esse foi o tom de
nosso discurso e vai ser prioridade em nossa gestão. Alguns integrantes da
chapa inclusive já atuam, para que os trabalhadores se politizem e se
instrumentalizem para lidarem com os conflitos nos ambientes de trabalho e no
combate aos assediadores.
Os integrantes da chapa 2 se colocaram na defesa das
30 horas, com pelo menos 12 horas ininterruptas de atendimento ao usuário e
controle social, ressaltando a importância do trabalho de colegas do GT
Reorganiza UFSC: isonomia para todos, trabalho este que foi desconsiderado por
integrantes da atual gestão em assembleias da categoria. Para a chapa 2, esta é
uma luta urgente e prioritária.
Nossa chapa ressaltou a importância do investimento
em formação política de forma permanente e de trabalho de base. Trabalho este
que vem sendo realizado, desde a última greve de 2012 por muitos integrantes da
chapa 2, com passagem nos setores informando sobre os atos e sobre os debates e
seminários acerca de temas nacionais e locais.
A oposição também criticou a atual diretoria do
Sintufsc sobre a ausência de um programa de filiação para os novos
trabalhadores da UFSC. Mais de mil TAES ingressaram nos últimos anos sem que
seja feito um trabalho de base para inclusão de novos filiados. Muitas baixas
nos últimos anos também demonstram o descontentamento generalizado com a forma
como vem sendo administrado nosso sindicato.
Perguntas como a realização de festas e
confraternizações, foram respondidas pelas duas chapas. Para a chapa 2, as
festas e confraternizações são importantes e vão ser feitas e valorizadas.
Porém, a chapa 2 questionou os altos gastos com a distribuição de brindes e o
uso deste mecanismo nas festas como forma de promoção de dirigentes com vistas
a eleições futuras. Queremos transparência nas contas e práticas éticas no
sindicato.
Sindicato deve ser de luta. Essa é a nossa meta, e
esse foi o tom que a chapa 2 procurou levar para o debate.
ALGUMAS PROPOSTAS ELENCADAS NO DEBATE PELA
CHAPA 2:
Universidade
Por uma universidade pública e de qualidade
Contratações por concurso público
Organização dos trabalhadores por local de trabalho
Formação política permanente
Realizar amplos debates e cursos sobre
temas emergentes: fundações, cursos pagos,
capacitação, salário e direitos trabalhistas,
30 horas, novas
contratações, etc.
Aposentadoria
Paridade com os ativos
Luta pelo reenquadramento
Nenhum direito a menos
Luta contra a privatização da aposentadoria
Pela anulação da reforma de 2003
Carreira
Luta por uma carreira de verdade e um plano
de cargos e salários, com a correção das
distorções contidas no enquadramento do
PCCTAE e a racionalização dos cargos.
Reativação de cargos extintos que são
importantes para a universidade
Luta pelo restabelecimento dos direitos
trabalhistas dos novos contratados.
Outras lutas importantes:
. Contra as reformas de qualquer governo que
retiram direitos dos trabalhadores e
favorecem o capital, sempre na defesa do serviço
público.
. Defesa do direito de greve e contra a
criminalização dos movimentos e lutadores sociais.
. Fim da terceirização; solidariedade às lutas
por condições de trabalho dos trabalhadores
precarizados e terceirizados.
. Por uma política efetiva de saúde pública dos
trabalhadores na UFSC.
. Luta pela paridade nas instâncias
deliberativas da universidade
. Incentivar espaços de convivência e lazer
dos TAEs.
. Socializar as informações e
potencializar a comunicação através das redes
sociais.
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