Vêm aí as eleições para o Sintufsc. Nosso sindicato está
esvaziado e cada vez mais distante das necessidades e da realidade da maioria
dos trabalhadores. Esta é a chance de voltarmos a ter um sindicato atuante,
vivo, com representatividade junto aos trabalhadores e à sociedade, capaz de
organizar grandes lutas e avançar em novas conquistas para os trabalhadores da
UFSC.
30 horas para todos
Na greve do ano passado, garantimos com muita luta a
formação de uma comissão conjunta para estudar as possibilidades de implantação
das 30 horas com atendimento ininterrupto na UFSC. Os trabalhos do Reorganiza
terminaram no dia 31 de maio, e o seu relatório final prova que as 30 horas são
possíveis e necessárias na universidade. Agora, precisamos estar atentos e
mobilizados para cobrar da Reitoria e do Cun que esta medida saia do papel e
vire realidade. Para a nossa chapa, isso é prioridade. Com um sindicato
forte e articulado vamos organizar a categoria para garantir esta conquista, e
defender a medida junto à comunidade universitária e à sociedade.
HU 100% público
Já vem de longe a ideia de privatização dos hospitais
universitários, sempre enfrentada na luta. Agora, o governo lança a proposta de
uma empresa de direito privado para gerir os HUs (a EBSERH). De novo, teremos
de enfrentar na luta essa ameaça. Nós atuaremos junto com os Fóruns de Defesa
da Saúde Pública e de Qualidade e lutaremos, com todos os trabalhadores, pela
manutenção do HU 100% público. Com a implantação da EBSERH, essa empresa
privada, perdem os trabalhadores, que terão carreira diferenciada, e perde a
população, que poderá ter que pagar para ser atendida.
Assédio moral e opressões
O assédio moral é uma realidade na UFSC. Muitos
trabalhadores sofrem toda a sorte de violência, que gera inclusive doença
física e mental. Vamos atuar firmemente na defesa dos trabalhadores, estancando
essa cultura que prejudica os TAEs. Lutaremos contra as remoções forçadas,
contra a prática ilegal do "colocar à disposição" e por uma política
de pessoas que garanta o diálogo e relações respeitosas para com os
trabalhadores. Esse será um sindicato de luta, que não abandonará o trabalhador
a própria sorte. Também acirraremos a luta contra todo o tipo de opressão
sobre frações do gênero humano como, por exemplo: negros, mulheres,
LGBTTS.
Universidade
A universidade que queremos ainda não chegou. Hoje, com
as transformações realizadas nas IFES o que se vê é a precarização do ensino,
da pesquisa e da extensão, bem como das condições de trabalho, em todos os
campi. O REUNI, e as demais reformas na educação foram impostas sem o
dimensionamento das instituições, e sem levar em conta as demandas populares e
da comunidade universitária. A expansão precisa vir acompanhada de pessoal e de
boas condições de trabalho para todos. Os trabalhadores de todos os campi da
UFSC podem contar com nossa luta efetiva.
Aposentados
Cada trabalhador da ativa é um aposentado em potencial. E
é por isso que os assuntos de aposentadoria são temas que dizem respeito a cada
um de nós. Depois de anos construindo a instituição, é direito de todos uma
velhice digna, respeitada e criadora. Nosso compromisso é fazer a luta efetiva
para que se mantenha a paridade dos aposentados com os ativos. Também haveremos
de batalhar pelo reenquadramento daqueles que foram prejudicados no último
plano de cargos, de 2004. Realizaremos os encontros de aposentados e
garantiremos a luta contra qualquer tentativa de retirada de direitos.
Carreira
A luta por uma carreira de verdade precisa continuar.
Hoje já conquistamos alguns pontos importantes como a capacitação e a
qualificação. Mas ainda temos muito para avançar, mesmo nesses quesitos. Para
isso, atuaremos junto com a CIS no debate das políticas de carreira que
precisam ser urgentemente implantadas. Também reativaremos a luta pela
recuperação dos cargos extintos, por progressão, e pela correção das distorções
criadas com o PCCTAE. Será nosso compromisso atuar em nível nacional na
construção de um verdadeiro plano de carreira. E, no que diz respeito aos
trabalhadores novos, há uma longa luta a ser travada para recuperação de
direitos já perdidos.
Autonomia e independência
Um sindicato livre é aquele que se faz a partir dos
filiados e representados, com organização nos locais de trabalho e no respeito
às instâncias deliberativas. No sindicato quem dá a linha são os
trabalhadores. Esse é nosso compromisso. Hoje, temos muitos novos colegas que
ainda nem se sindicalizaram, por absoluta inoperância do sindicato. Por conta
disso faremos uma profunda campanha de filiação. Com os trabalhadores unidos,
com formação de qualidade e responsabilidade política poderemos garantir a
autonomia e independência do sindicato em relação a governos, reitoria e
partidos, sempre respeitando as diferentes concepções ideológicas que existem
entre os filiados.
Cultura e Lazer
Nossa proposta é incentivar espaços de convivência e
lazer, abrindo a sede para essas atividades. Vamos fazer festas
desburocratizadas, com transparência e respeito ao patrimônio financeiro do
sindicato. Também realizaremos festivais culturais para revelar os talentos
artísticos da categoria. Cobraremos das autoridades, dentro e fora da
universidade, para que garantam acesso à cultura e lazer para os trabalhadores.
Formação
O sindicato não cria mais espaços de debate e elaboração
sobre temas de interesse da nossa categoria. Iremos recuperar esta tradição.
Nossa chapa promoverá amplos debates sobre temas cruciais como direitos
trabalhistas, plano de carreira, assédio moral, saúde, reformas educacionais,
universidade, projetos de lei, etc.
Outras lutas importantes
Muitas são as batalhas que temos de travar e nem todas
elas aparecerão nesse panfleto. Mas, quem conhece o grupo que está na chapa,
sabe. Esse é um grupo que não foge da luta. Juntos garantiremos a luta
sistemática contra qualquer proposta, de qualquer governo, que retire
direitos dos trabalhadores e favoreça o capital. Estaremos sempre na defesa do
serviço público. E, esses são mais alguns pontos importantes que merecem a luta
de todos nós.
. Combater a privatização da universidade.
. Anulação da reforma da previdência de 2003, comprada
pelo governo. Não à privatização da previdência: aposentadoria integral para
todos, não ao Funpresp.
. Contra o PL 92 (FEDP), que define o fim da estabilidade
no serviço público.
. Defesa do direito de greve e contra a criminalização
dos movimentos e lutadores sociais.
. Unidade com outros sindicatos e movimentos sociais para
a defesa dos direitos dos trabalhadores públicos e privados.
. Fim da terceirização e a solidariedade às lutas por
condições de trabalho dos trabalhadores precarizados e terceirizados.
. Retomada dos direitos que foram retirados do Regime
Jurídico Único.
. Por uma política efetiva de saúde pública dos
trabalhadores na UFSC.
. Luta pela paridade nas instâncias deliberativas da
universidade.